Tempos que não escrevo. Mas venho usar as mesmas palavras.
Que elas soem diferentes em cada momento e que tenham seu peso e importância em cada tempo. Que abusem sim, da eternidade mas em cada circunstância. Verbos e versos estarão sempre discursando, conversando... como o sentimento, que cresce e amadurece. Imaginem quanto pode amadurecer uma jovem eternidade, ou como pode rejuvenecer uma velha...
E que ela, eu insisto a la Rimbaud - a eternidade, seja SEMPRE reencontrada.
meu testemunho. meu e das mesmas palavras de sempre, num diferente momento:
"Eu duvidei de tudo.
Duvidei do santo,
duvidei do encanto
duvidei do canto,
duvidei do encontro.
Duvidei do verso,
duvidei dos verbos,
duvidei do eterno,
duvidei que o interno se tornasse externo.
no entanto,
o inferno que era o impossível encontro,
se tornou meu pranto, meu acalanto.
Se tornou meu terno onde eu vou e levo.
Se tornou o que eu tenho e ao mesmo tempo o que eu quero.
Me tornou o que eu sou, o que eu escolhi ter sido.
Se tornou o abrigo, me tornou amigo.
O que eu já havia, de alguma forma, lido.
E hoje é o que escrevo como um evangelho,
Que é num futuro certo, quando estivermos velhos,
bem velhinhos...
eu esquecendo que lhe chamei de linda,
mil vezes linda, e depois mais dez, como se tivesse sido a primeira...
E então, mil vezes vida! e então mais dez mil vezes, vida.
Você teria paciência e entenderia,
minha Carolina?"
linda, linda, linda, linda... eu conto enquanto posso, ok? =)
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