ela é música demais pra pouquíssima compreensão.
que desperdício...
salve Piazzolla.
eu, desperdiçando recomendações.
destilando a boa música e desperdiçando o bom gosto.
[invierno porteño - astor piazzolla]
mesmo poucas merecendo:
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segunda-feira, 18 de agosto de 2008
terça-feira, 12 de agosto de 2008
here we go...

- se você me der apenas 6/8 semanas eu posso resgatar a milhagem, então posso ir com você pra onde você tiver que viajar...
[beijo]
- então aqui vamos nós...
"you've gotta hope that there's someone for you strange as you are.. who can cope with the things that you do without trying too hard..."
(Here we go - Jon Brion)
[filme Punch-Drunk Love]
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sexta-feira, 8 de agosto de 2008
longa estrada
road movies tradicionalmente seguem um dos quatro caminhos:
. tendo triunfado em seu último destino, o protagonista volta pra casa mais sábio, tendo aprendido com suas experiências.
. no final da jornada o protagonista encontra uma nova casa em seu destino.
. a jornada continua, infinitamente.
. realizado, como resultado da jornada, ele nunca poderá voltar pra casa, o protagonista se entrega à morte, ou de alguma forma, é assassinado.
"we all walk the long road..."
quando o final é o que menos importa.
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quarta-feira, 6 de agosto de 2008
quero no escuro, como um cego, tatear estrelas distraídas...

é preciso 'enfeiurar', se enclausurar,
se encasular e ver crescer de dentro pra fora.
porque é preciso virar pó, ficar só, se dar nó,
se entorpecer e então renascer em certa hora.
é preciso não ver, não mais... é preciso ouvir e sentir.
só gosto e o cheiro.. e o tato. pra que ver sem enxergar?
com olhos é preciso chorar, bem mais! cristalizar e esculpir.
entender que o esforço ao sair do casulo traz o dom de voar.
de fugir.
preciso(ava) II. sei do que preciso e não quero saber o que quero.
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vendo coisas que ninguém vê

Engraçado como são as coisas... A ordinária palavra "coisa" daquela forma mais genérica e (in)dispensável que aprendemos na escola, na aulinha de português e redação, quando elas, as tias, diziam:
- Troque as "coisas" por outras palavras! Senão tiro ponto!
Eu sabia que tinha algo por trás dessa história! algo com fundamento além dos vampiros pontos.
Hoje tudo são coisas e... nada é tudo! E eu? Ando descrente do tudo, de tudo, do todo e de todos. Tudo, "general", generalizado também, quando na verdade, no fuuuundo posso numerar e/ou nomear as poucas que acredito.
Não, nem acredito no semáforo, eles são controlados por corações.
"eu acredito no coração? não.. não.."
Não acredito nos aviões e nem em relógios.. são desenhados por corações!
"eu acredito no coração? não.. não.."
Algo me fez isso! uma dessas coisas...
Queria eu, voltar a acreditar na coisa que em tudo cabe! Mas seria, antes de mais nada, preciso que uma "m..." de uma coisa, acontecesse! E uma coisa beeeem coisa! Daí então, me prontifico a mudar de idéia!
- acredito no fígado! na sua regeneração! isso.. muito "chulamente"!
- caramba! COISA feia pensar assim!
- pois é... acredito no.. é.. em.. perai po! prometi que ia numerar.. acreditooo.. tsc. não lembro.
- caramba! COISA feia pensar assim!
- pois é... acredito no.. é.. em.. perai po! prometi que ia numerar.. acreditooo.. tsc. não lembro.
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"alguma COISA acontece(u) no meu coração..."
Ah! COISAS do destino...
p.s.: hoje já é quarta feira, mas ainda recomendo a música Semáforo da banda Vanguart.
Definitivamente, acredito que meu cachorro me ama, e muito!
Eu acredito no dom.
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- nota 0, joãozinho! aqui tem um montão de coisas!
- não acredito, professora...
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sábado, 2 de agosto de 2008
"nalgum lugar em que eu 'já' estive, alegremente além..."

Nalgum lugar, certa vez, conversando entre amigos sobre vida, música. Ora! Quando vida está para música assim como música está pra vida, de certo. Chegamos a um ponto íngrime, no silêncio! shhhh. Sem palavras pra ousar dizer o que era cada uma ou como seriam.. se juntas, separadas. Posso tentar.. Música é em mim, um orgão vital. Sabe o coração? pois então. tanto quão! Trabalhando no Sistema Autônomo como a pulsação! Elas, as músicas, não são feitas. Elas são respiradas e/ou batidas. lacrimejadas de choro ou de gargalhada, músicas nascem. Como a criança no útero de sua mãe, criada, alimentada. Elas são amamentadas em nossos seios e anseios, pra nos confortarem reciprocamente, misteriosamente, de volta, como a mais pura troca de um cordão umbilical, entre mãe e filho. Mas o que é a vida e o que é a música? Não.. não se atreva a me dizer ou se dizer... me anganar ou se enganar. Sabe porque? Elas são só uma.
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sexta-feira, 1 de agosto de 2008
142

Ontem comecei a ver um filme às cegas, sem saber o nome, sem saber o gênero mas sabendo que a direção e roteiro eram do Sean Penn, de quem sou grande fã. Me foi prontamente indicado pelo meu irmão. É sempre, incrivelmente, 'batata!', suas dicas ainda mais quando insistidas, são do tipo pra serem absorvidos, esses filmes. O nome é "Into the Wild" ('Na natureza selvagem'). De cara vi que se tratava de um road movie, gênero que gosto. Sem muitas palavras o filme é impressionante... Mais ainda a forma que vesti a carapuça, quando me deparei com meu "eu" andarilho, fugindo da digestão diária que fazem os arranha-céus, nos engolindo e nos excretando. Nós presos no ciclo vicioso. Tema em que minha querida banda baseou o primogênito disco! De diversas perspectivas, o mesmo objetivo, a mesma sensibilidade, buscar paz. A verdadeira felicidade. Nosso (digo por mim, e pelos amados irmãos da banda) ônibus mágico número 142, a Música, a poesia, a arte em sua forma mais primitiva, mais prima. mais intangível possível! E disso, chorar e sorrir quando preciso. Triste imaginar que eu, você, "Alex Supertramp" ou melhor, Christopher McCandless, somos os loucos, "monges marombeiros" que buscamos a terra do nunca! E achamos.. de fato, achamos. E por fim, saber ainda que o filme é baseado numa história real. 'Eita ferro'! Não há como não se emocionar. Eddie Vedder fez umas músicas originais pro filme e uma delas diz: "essa sabedoria eu levarei na minha carne..." eis o mínimo a ser feito sem exageros, sem exaltações.
filme 10/10.
uma passagem memorável, no filme:
"(...) já vivi muita coisa e agora acho que sei o que é preciso pra ser feliz.. uma vida mansa e isolada no interior com a possibilidade de ser útil, com pessoas que é fácil fazer o bem... E que não estão acostumadas a que façam por elas. Trabalhar em algo que possa ser útil; depois descansar, a natureza, os livros, a Música. Amar o próximo. Essa é a minha idéia de felicidade... E então, acima de tudo, você como companheira.. e quem sabe filhos? O que mais o coração de um homem pode desejar? (...)" (Family Happiness de Leo Tolstoy, 1859)
"(...) já vivi muita coisa e agora acho que sei o que é preciso pra ser feliz.. uma vida mansa e isolada no interior com a possibilidade de ser útil, com pessoas que é fácil fazer o bem... E que não estão acostumadas a que façam por elas. Trabalhar em algo que possa ser útil; depois descansar, a natureza, os livros, a Música. Amar o próximo. Essa é a minha idéia de felicidade... E então, acima de tudo, você como companheira.. e quem sabe filhos? O que mais o coração de um homem pode desejar? (...)" (Family Happiness de Leo Tolstoy, 1859)
nada mais.
"happiness only real when shared"
beijo.
(p.s.: o livro é escrito por Jon Krakauer. boa pedida.)
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