
Ontem comecei a ver um filme às cegas, sem saber o nome, sem saber o gênero mas sabendo que a direção e roteiro eram do Sean Penn, de quem sou grande fã. Me foi prontamente indicado pelo meu irmão. É sempre, incrivelmente, 'batata!', suas dicas ainda mais quando insistidas, são do tipo pra serem absorvidos, esses filmes. O nome é "Into the Wild" ('Na natureza selvagem'). De cara vi que se tratava de um road movie, gênero que gosto. Sem muitas palavras o filme é impressionante... Mais ainda a forma que vesti a carapuça, quando me deparei com meu "eu" andarilho, fugindo da digestão diária que fazem os arranha-céus, nos engolindo e nos excretando. Nós presos no ciclo vicioso. Tema em que minha querida banda baseou o primogênito disco! De diversas perspectivas, o mesmo objetivo, a mesma sensibilidade, buscar paz. A verdadeira felicidade. Nosso (digo por mim, e pelos amados irmãos da banda) ônibus mágico número 142, a Música, a poesia, a arte em sua forma mais primitiva, mais prima. mais intangível possível! E disso, chorar e sorrir quando preciso. Triste imaginar que eu, você, "Alex Supertramp" ou melhor, Christopher McCandless, somos os loucos, "monges marombeiros" que buscamos a terra do nunca! E achamos.. de fato, achamos. E por fim, saber ainda que o filme é baseado numa história real. 'Eita ferro'! Não há como não se emocionar. Eddie Vedder fez umas músicas originais pro filme e uma delas diz: "essa sabedoria eu levarei na minha carne..." eis o mínimo a ser feito sem exageros, sem exaltações.
filme 10/10.
uma passagem memorável, no filme:
"(...) já vivi muita coisa e agora acho que sei o que é preciso pra ser feliz.. uma vida mansa e isolada no interior com a possibilidade de ser útil, com pessoas que é fácil fazer o bem... E que não estão acostumadas a que façam por elas. Trabalhar em algo que possa ser útil; depois descansar, a natureza, os livros, a Música. Amar o próximo. Essa é a minha idéia de felicidade... E então, acima de tudo, você como companheira.. e quem sabe filhos? O que mais o coração de um homem pode desejar? (...)" (Family Happiness de Leo Tolstoy, 1859)
"(...) já vivi muita coisa e agora acho que sei o que é preciso pra ser feliz.. uma vida mansa e isolada no interior com a possibilidade de ser útil, com pessoas que é fácil fazer o bem... E que não estão acostumadas a que façam por elas. Trabalhar em algo que possa ser útil; depois descansar, a natureza, os livros, a Música. Amar o próximo. Essa é a minha idéia de felicidade... E então, acima de tudo, você como companheira.. e quem sabe filhos? O que mais o coração de um homem pode desejar? (...)" (Family Happiness de Leo Tolstoy, 1859)
nada mais.
"happiness only real when shared"
beijo.
(p.s.: o livro é escrito por Jon Krakauer. boa pedida.)
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2 comentários:
vim aqui só pra dizer, que vim aqui. Abraços. Daniel
Muito bom.. Alias tenho acompanhado todos... Muito bom mesmo... Quanto a esse em específico, deu até vontade de ver o filme, rsrs
Bjão
Nina Carim
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