terça-feira, 23 de dezembro de 2008

arma et rosae


O apetite, a vontade, me acompanham desde a primeira nota em uma guitarra. Está certo... minhas "primeiras" notas foram em um violão, tentando tocar "Stairway to Heaven" do Zeppelin.. Tão inesquecível foi a melodia inicial de Hole in My Soul do Aerosmith (é! sempre estive bem acompanhado! rs), primeiras em uma guitarra!! Lembro como se fosse hoje! Como se fosse agora!! Era 1997.

Mas maior que tudo, esse disco, o Appetite For Destruction, primeiro álgum dos Guns N' Roses(1987! exatamente 10 anos antes do 'momentum'), de fato foi determinante, o catalizador pra eu querer que aquelas melodias saissem dos meus próprios dedos! No instante em que peguei no disco (troquei com um amigo, lhe dando uns cds e o pegando), sabia que estava no lugar certo, na hora certa e COM a coisa certa nas mãos!

Ora.. em algum tempo depois, como num passe de mágica, lá estavam esses dedos aqui tocando cada nota da obra prima...

Ele mudou minha vida.. e os velhos planos que tinha em após terminar meu (exaustivo) segundo grau técnico em Eletronica e me tornar um Engenheiro posteriormente, se foram! Encantado com a arte de transformar a vida, os anseios, alegrias... em melodias (como aquelas ali em cima) mas ditas numa outra perspectiva, a MINHA. Meus sonhos, minhas frases, MINHAS MELODIAS e enfim, MEUS dedos! meus calos...

Ele me fez começar. Ele me faz querer continuar! Por ele.. Por tentar fazer um como ele... E dele eu absorvi todo o apetite! Apetite pela construção da MINHA destruição. Onde eu construo e destruo quando quero.

E agora, ele está na minha carne! assim como estão as minhas canções, e meu primeiro cd: Contraplonge - Mise En Scène.

Obrigado Deus.
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

grávido a la nietzsche

meu coração está grávido de músicas.. de canções!
minha rotineira taquicardia são as dores de parto cardíacas..

cada qual consigo mesmo. com seu orgão 'sem conserto'...

e parto normal. sem a pontualidade de uma cesariana! por favor...
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Albatroz


Escrevi uma canção baseada nesse poema de Charles Baudelaire. Um albatroz-gigante pode ter a maior envergadura dos pássaros, no entanto, suas imensas asas lhe prejudicam ao pousar, de andar em terra. Não haveria maior semelhança.


"O Albatroz
Para se divertir, os marujos costumam
Pegar um albatroz, grande ave do mar,
Companheira indolente dos barcos que rumam
Para os mares do Sul, abismos a cruzar.

Fisgado pelo anzol, atirado ao convés,
Este rei do azul, triste, desajeitado,
Para fugir arrasta seus enormes pés
E deixa as asas brancas caídas de lado.

Aéreo viajante, tão fraco e nanico!
Antes belo, agora feioso bufão!
Alguém com um tição espicaça-lhe o bico;
Outro a mancar imita o alado aleijão.

O Poeta é igual ao rei do firmamento
Que ri da tempestade e das flechas no ar;
Exilado no chão, cercado de tormento,
As asas de gigante não o deixam andar."

(O original é em francês, chamado: 'L'Albatros" de Charles Baudelaire.)


já estou tendo o prazer de tocá-la com o Contraplonge. Ela, na verdade, entra indiretamente no nosso disco como a imagem da contra-caixa interna. Logo, logo, a tocaremos ao vivo.


"continua". sempre.
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