
O tempo tá passando e as estações estão mudando, continuamente, desde não sei quando. Houve um momento que não estiveram, ou sequer se preocupavam ou me preocupava. Ordem natural das coisas... Eu começo a engolir o amargo, o apurando. Como o uísque que até ontem era intragável. As papilas depuraram, decodificaram e se encarregaram de enviar uma breve aprovação ao cérebro, como se dissessem: "- agora temos coisas em comum, meu caro." Não que as outras coisas tenham perdido gosto... Que a coca tenha perdido o seu doce. Não que as outras cores tenham se desbotado... Mas hoje há quem entenda o sépia, a escala cinza. Mas que entenda o colorido acordeon servindo de paisagem pra uma poesia francesa.
Tô aqui, não pra admitir meu "envelhecimento" (seja lá o termo que prefiram usar), pelo contrário, entender que se quisermos, quando quisermos, podemos colocar uma tuba marchante nessa trilha e fazer disso tudo, uma fanfarra circense! Pintamos o nariz e saímos pulamos por aí...
O privilégio de vivenciar intensamente a arte que amo me traz conseqüências, algumas vezes desastrosas! Reflexões, crises existenciais... Perguntas como: "o que diabos eu tô fazendo aqui?" Embora respostas venham sem avisar, de qualquer direção, as perguntas encurralam e é pra respondê-las que envelhecemos, certo?
Outro dia li o texto de uma moça que se denominava "do contra", usando alguns destes argumentos. Pena, raríssimas 'do contra' existirem por aí, eu digo antecipadamente. Reclamou da insegurança. O delicadíssimo detalhe que é a insegurança feminina, embora firmeza e certeza tivessem transbordado daquele texto! Forte e insegura, inexplicáveis adjetivos que funcionam bem com Elas. Embora ela fosse uma menina, aquele "gole de uísque" ela já havia apurado, e de certo, brindado a alguma virtude que lhe deva ser peculiar, como seu sorriso.
Mas enfim, tudo acaba assim mesmo, como uma idéia suspensa e não conclusiva. Nada a ser respondido ou mesmo, que tenha sido perguntado. Como a ida de uma subdominante pra dominante, sem cair em repouso. Porque é nela, nessa inquietude que moramos, que compreendemos nossos cabelos brancos que andam crescendo ultimamente.
Escrevo pra ir à frente, colocando pra jogo minhas linhas no rosto àqueles que tenham medo de deixar suas Terras do Nunca. Aqui do lado de fora andamos um pouco mais grisalhos e do contra sim, é verdade! Maaas, embora um tanto mais “competitivos”, também sabemos como jogar bola, andar de bicicleta, soltar pipa, jogar bola de gude...
O tempo tá passando e as estações tão mudando, continuamente, desde não sei quando, e há quem não esteja percebendo. Há quem não queira perceber...
Que de crianças, preservemos a pureza e a vontade de fazer, de aprender. De bagunçar. Só que agora, tudo tem a sua hora.
Vivamos num mundo real, mas como o daquele de Amelie.
(Eu recomendo: Yann Tiersen & Lisa Germanos - La Parade do disco L'Absente.)
Tô aqui, não pra admitir meu "envelhecimento" (seja lá o termo que prefiram usar), pelo contrário, entender que se quisermos, quando quisermos, podemos colocar uma tuba marchante nessa trilha e fazer disso tudo, uma fanfarra circense! Pintamos o nariz e saímos pulamos por aí...
O privilégio de vivenciar intensamente a arte que amo me traz conseqüências, algumas vezes desastrosas! Reflexões, crises existenciais... Perguntas como: "o que diabos eu tô fazendo aqui?" Embora respostas venham sem avisar, de qualquer direção, as perguntas encurralam e é pra respondê-las que envelhecemos, certo?
Outro dia li o texto de uma moça que se denominava "do contra", usando alguns destes argumentos. Pena, raríssimas 'do contra' existirem por aí, eu digo antecipadamente. Reclamou da insegurança. O delicadíssimo detalhe que é a insegurança feminina, embora firmeza e certeza tivessem transbordado daquele texto! Forte e insegura, inexplicáveis adjetivos que funcionam bem com Elas. Embora ela fosse uma menina, aquele "gole de uísque" ela já havia apurado, e de certo, brindado a alguma virtude que lhe deva ser peculiar, como seu sorriso.
Mas enfim, tudo acaba assim mesmo, como uma idéia suspensa e não conclusiva. Nada a ser respondido ou mesmo, que tenha sido perguntado. Como a ida de uma subdominante pra dominante, sem cair em repouso. Porque é nela, nessa inquietude que moramos, que compreendemos nossos cabelos brancos que andam crescendo ultimamente.
Escrevo pra ir à frente, colocando pra jogo minhas linhas no rosto àqueles que tenham medo de deixar suas Terras do Nunca. Aqui do lado de fora andamos um pouco mais grisalhos e do contra sim, é verdade! Maaas, embora um tanto mais “competitivos”, também sabemos como jogar bola, andar de bicicleta, soltar pipa, jogar bola de gude...
O tempo tá passando e as estações tão mudando, continuamente, desde não sei quando, e há quem não esteja percebendo. Há quem não queira perceber...
Que de crianças, preservemos a pureza e a vontade de fazer, de aprender. De bagunçar. Só que agora, tudo tem a sua hora.
Vivamos num mundo real, mas como o daquele de Amelie.
(Eu recomendo: Yann Tiersen & Lisa Germanos - La Parade do disco L'Absente.)
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